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domingo, 10 de abril de 2011

O bom filho a casa torna

Fernando Feres Penna, o Fernandinho, tem 27 anos,14 deles dedicados ao basquete. Bacharel em Direito e um apreciador de um bom papo, contou para os membros desse blog um pouco da sua história. Muita coisa foi conversada em off para preservar a figura do nosso atleta e também a dos nossos entrevistadores, mas posso adiantar que esse bate papo foi um dos mais engraçados que já tivemos até hoje!

Com 13 anos teve seu primeiro contato com o basquete ainda na escola, mas dividia o tempo entre a bola laranja e o futebol. Numa dessas aventuras, o hoje técnico da ASPA, Josiel, o viu jogando e convidou para participar da peneira do time infantil do Dharma e mesmo sendo mais novo que os demais, Fernandinho superou os companheiros e foi aprovado na peneira. Do Dharma foi pra a Clínica Francana de Basquetebol e ficou por lá até os 16 anos, quando foi para a ASPA para disputar o Cadete e o Juvenil. Da ASPA foi promovido ao time principal do Franca Basquete e permaneceu aqui até o final da temporada de 2004.

Em 2005 foi para o time de Rio Claro e jogou lá por 2 anos, saiu quando o time fechou as portas. Foi quando recebeu a proposta do Paulistano, e como já conhecia o trabalho do João Marcelo decidiu ir e ficou por lá 3 anos seguidos até ser "repatriado" por Franca.

Acompanhe a entrevista:

Papo a Seis: Como foi o começo em Franca?
Fernando Penna: Para nascidos em Franca é a melhor experiência. É a única cidade que conheço que tem as lixeiras em formato de tabela. Aliás quando eu era mais novo, tinham muitas tabelas nas ruas. Só na rua da casa da minha mãe tinham 3: uma na árvore, uma na casa do vizinho, que a gente guardava depois de jogar e a outra ainda havia um degrau no caminho, a gente vinha correndo, o saltava e ia pra bandeja.
PaS: Você cresceu jogando na cidade, assistiu o auge do basquete no final dos anos 90, como foi para você essa experiência?

FP: O final dos anos 90 foram sensacionais. Franca estava em grande fase, ganhando vários campeonatos mas quando eu cheguei ao adulto peguei a fase do "desmanche", das "vacas magras", não tínhamos patrocínio de peso e a maioria dos jogadores eram francanos recém saídos do juvenil. Vivi o auge e o declínio.

PaS: Após essa fase você foi para o Rio Claro, como foi deixar sua casa pela primeira vez?
FP: Foi importante para o meu crescimento como ser humano. Primeiramente como pessoa, porque tive que aprender a me virar sozinho, longe dos meus pais. No primeiro ano morei com o Guilherme e o Fiorotto, mas no segundo ano morei sozinho mesmo.

PaS: E a troca do interior pela capital?
FP: É diferente o ritmo, mas aodrei morar lá. No meu primeiro ano a diretoria cortou o investimento no time, tivemos que nos virar com a verba que eles repassavam e mesmo assim fomos longe, e ganhamos a confiança. No segundo ano o investimento foi o mesmo. Tiramos "leite de pedra" e chegamos mais uma vez às semis do paulista e já no terceiro ano a diretoria aumentou o investimento e então eliminamos Franca nas semi finais chegando à decisão! Gostei muito de morar em São Paulo, mas para criar minha filha, minha família, prefiro o interior.

PaS: Você chegou a participar de algum desfile de escola de samba?
FP: Sim. Desfilei dois anos pela Vai-vai. Só quem já desfilou sabe a emoção que é.

PaS:Como foi a negociação para a sua volta para Franca?
FP: O que mais pesou na minha decisão de voltar foi a minha filha. Quero criá-la na cidade que nasci e cresci. E aqui teria condições de disputar de igual para igual o campeonato em que temos 8 equipes com reais condições de ser campeão e voltar a jogar em casa, junto com meus ídolos pesou muito.


PaS: Hoje você está casado, ela também é de Franca?
FP: É sim. Estou com a Bruna há quase 10 anos, entre idas e vindas. Nossa filha nasceu em um dia de jogo Franca x Paulistano e meu time (Paulistano) venceu.

PaS: Como foi a primeira vez que jogou contra Franca em Franca?
FP: Foi no quinto jogo do Paulista, eu ainda não tinha começado como titular no campeonato. Comecei jogando, foi a primeira vitória que tivemos fora de casa e foi aqui, contra o Franca.

PaS: E a primeira vez após o retorno pra Franca?
FP: Foi no amistoso com o time do Minas Volei. Foi uma festa, mas jogar aqui é diferente. É um time competitivo, jogamos também com o amor que a torcida tem pelo time, temos que ter muito compromisso com o trabalho. É a mesma pressão que os jogadores de futebol enfrentam quando jogam em times grandes como Corinthians e São Paulo por exemplo. Tem que vir pra cá ciente que haverá cobrança, que terá que aguentar a pressão.

PaS: Qual foi a melhor fase da sua carreira?
FP: O primeiro ano no Paulistano foi especial, o time estava com 8 derrotas e 2 vitórias, precisávamos ganhar os 10 jogos seguintes para classificar. Dali em diante tive uma sequência de 10 ou 11 double-doubles e levamos o time as semi finais.

PaS: E a pior fase?
FP: A derrota pra Limeira na semi final é um jogo que não gosto de lembrar, me marcou muito.

PaS: Vamos deixar o papo mais leve... se vc pudesse escolher mais quatro jogadores de todo o mundo para jogar com vc, quem seriam os escolhidos?
FP: Hum... eu jogaria na 1, na 2 colocaria o Ginobilli. Pra ala, na 3... o Kobe! Na 4 o Dirk Nowitzki e na 5 o Paul Gasol. Pra técnico colocaria o Greg Popovich.

PaS: Você foi convocado pra seleção?
FP: Em 2009, para disputar o SuperFour.

PaS: E os títulos?
FP: Bicampeão dos Jogos Abertos, Vice Campeão Paulista, Terceiro lugar no Nacional pelo Rio Claro, três vezes Terceiro lugar no Paulista e no Juvenil fui uma vez campeão Paulista e uma vez vice campeão.

PaS: Faltou colocar o título do torneio de habilidades do Jogo das Estrelas da temporada 2010/2011.
FP: Pois é, foi um título muito importante. Ainda mais por ter sido conquistado em Franca, com o ginásio lotado.

PaS: Muito obrigada pela entrevista Fernandinho, e pra terminar deixe um recado pra torcida.
FP: A expectativa é grande para conquistarmos o título. É o sonho que tenho junto com a torcida. Vou suar sangue se for preciso para junto com a minha equipe dar esse título a Franca.

3 comentários:

  1. os assuntos em off, kkkk os miores hahahha

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  2. Fernando Penna, pessoa brilhante. Foi sensacional mesmo esse batepapo! Muito sucesso nessa sua carreira, obrigado pelas palavras Fernandinho! Os bastidores da entrevista contaram com ele, a "equipe" do Papo A Seis e umas 30 famílias de pernilongo =P

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  3. valeu galera da TDI, o carinho e reciproco...
    foi muito legal nosso papo , pode contar sempre comigo para que der e vier ....
    Suar sangue e obrigacao nesse time, e com essa garra que vamos em busca desse titulo se Deus quiser .
    grande abraco
    Fernando Penna

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